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Resenha de livro: O grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald



Em meados de 1992, Jay Gatsby Milionário e ex-oficial da Marinha, conhecido por organizar festas apoteóticas e agitadas em sua mansão em Long Island, fez uma revelação ao vizinho Nick Carraway, um joven de classe média que por mais estranho que seja, não ostenta riqueza e mora na única casa humilde de seu bairro. O segredo: ele está apaixonado por Daisy Buchanan, prima de segundo grau de Nike, casada com um cara Mega-arrogante, Tom Buchanan. Como se isso não bastasse todos, eu disse todos, (tá, nem todos) guarda muitos segredos que vem à tona o decorrer da história.

 O Grande Gatsby, publicado originalmente em 1925, é o terceiro mais famoso livro de F. Scott Fitzgerald e compõe a lista de das 100 melhores obras literárias de todos os tempos. Esta obra, é uma das mais representativas do romance norte-americano, escreve a vida da alta sociedade, ambientada em Nova York e no litoral de Long Island, durante o verão de 1992. através de uma aguda reflexão crítica pós-guerra.

Nunca fui muito ligado em clássicos e confesso que não me empolguei no início da Leitura, mas esta barreira (eu chamo de preconceito) foi quebrada com passar das páginas O Grande Gatsby não se trata de apenas de festas e riquezas, mas sim do que o ser humano é capaz de fazer para reconquistar um amor perdido. Jay é o mais novo herói de todos os tempos. Certeza. Ele não tinha nada e de repente tinha tudo em função de um único objetivo. Um gênio.

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    Se a personalidade é uma série de gestos bem-sucedidos, havia algo de grandioso nele, uma brilhante sensibilidade as promessas da vida, como se ele fosse parente de uma dessas máquinas intrincada que registam terremotos 16 mil quilômetros de distância. Essa receptividade não tinha nada a ver com aquela débil impressionabilidade dignificada sob o nome de ‘temperamento criativo’ - era um dom extraordinário para esperança, uma prontidão romântica que jamais encontrei em outra pessoa e que provavelmente jamais encontrarei.

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 Aos poucos você descobre a origem de sua riqueza, mas de que isso importa, não é mesmo? Isso é sobre o amor verdadeiro, gente (não estou dizendo pra você sair por aí roubando afim de conquistar uma mulher/homem, isso é feio)!

 Amor. Estranho Amor. Amor Estranho. Acho que nos dias de hoje Gatsby seria o cara mais zuado da rua dele. Gastar fortunas e mais fortunas em festas, cheias de mulheres bonitas e solteiras da alta sociedade e não pegar nenhuma. Viver em função de um amor é legal, quando esse sentimento é recíproco. Dayse nem valia tanto a pena sim.

 Falando em Dayse.. Tá aí uma mulher a frente da sua época. Ela namorou com um, casou com outro, mas quando reencontrou o primeiro reviveu uma paixão esquecida, mas no final ela... Não vou contar o final, mas foi chocante. Não imaginaria que ela seria capaz de fazer o que fez. Na minha mera opinião, usando linguajar da época, ela foi uma Meretriz muito saliente. Usou tudo e todos, inclusive Nick.

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    Ele trilhará um longo caminho até chegar àquele relvado azul e seus sonhos devem ter parecido tão próximos que ele não poderia deixar de alcança-los. Não sabia que eles já haviam ficado para trás, em algum lugar da vasta obscuridade que se expandia para além da cidade, onde os campos escuros da república se estendiam sobre a noite.

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 Ah, o Nick. Nick era um cara bacana (ponto). Identifiquei-me várias vezes com suas reflexões, mas principalmente com esta:

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    Tinha uma visão parcial do gramado do meu vizinho e a consoladora proximidade dos Milionários - tudo por u$ 80 mensais.

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 Se você gosta de um bom drama com histórias ricas em detalhes, recomendo muito O Grande Gatsby. A leitura é rápida e fácil de compreender, mesmo sendo tão antiga. Aliás recomendo que faça isso antes de assistir ao filme (dizem por aí que o livro é sempre melhor.... Dizem por aí).

 

Personagens principais: 

 Nike Carraway:

 O romance é narrado por Nick, membro de uma família próspera do interior dos Estados Unidos. Nike acabara de retornar da “atrasada migração teutônica conhecida como Grande Guerra” e, incentivado por seus parentes, se mudar para estudar e vender títulos no Leste.

Depois de alguns contratempos e um convite inesperado. Ele então segue para a pequena cidade, mas mal sabe que sua vida pacata mudaria completamente, pois quem lhe fizera este convite é nada mais nada menos que o cara que dá o nome a este livro.

 Nick se torna espectador que não participa propriamente do que acontece observa, e expõe os fatos sem compreender bem aquele mundo de extravagância, riqueza e tragédia iminente.

 Jay Gatsby: 

É um homem rico e misterioso. Seus vizinhos não sabem de onde veio, mais frequentam suas festas glamorosas. Muitos boatos rolam sobre ele: traficante, contrabandista, estelionatário, enganador... Mas ninguém conhece realmente seu passado.

 Cinco anos antes de se transformar em um garoto diversão da Praia Grande. Jay que era um oficial da Marinha com poucas referências familiares em algum dinheiro no bolso se apaixonou por uma bela jovem rica de Lousville. Eles tiveram um romance rápido, mas intenso e apaixonado. Após a guerra, Jay retorna da França com apenas um objetivo: encontrar novamente seu amor toma lá como esposa, queira sua família ou não.

 Gatsby era um jovem ambicioso determinado, por isso, em pouco tempo ele juntou muita riqueza e descobre onde sua amada está, mesmo sabendo que está casada, vai ao encontro dela, e de maneira nada sucinta, promove grandes festas de arromba na esperança de que um dia ela apareça.

 Dayse Buchanan: 

Dayse é a Gabriela, cravo e canela da literatura estrangeira, todos os homens a querem. Assim com praticamente todas as mulheres dos anos 20, se casou por impulso e vive uma vidinha deprimente a sombra do marido almofadinha. É ingênua e sonhadora, mas ao contrário do que pensei no início do livro, não aceita ser traída.

Tom Buchanan: 

 O jovem rico colecionador de cavalos. Dá mais importância aos seus prazeres esquece completamente da sua mulher. Assim como Gatsby, ele esconde grandes segredos de que desencadeiam acontecimentos alucinantes.

 Jordan Barker:

 Sabe aquela amiga mala de sua namorada/mulher que nunca sai de casa e fica de vela em todos os momentos. Então Jordan é assim.

 Seu papel na história é secundário, mas seu personagem é intrigante. Ela é uma grande esportista conhecida mundialmente que se envolve com o nosso narrador, Nike. Jordan é frequentadora constante das festas de Gatsby e uma conhecida pessoal. No decorrer no decorrer da história ela se mostra uma pessoa fria, calculista e desonesta.

Texto publicado originalmente por mim no blog do iba (Abril Mídia) em 2013.

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