Obs.: ao ler este texto, entenda que o blogueiro é todo produtor de conteúdo web que começou de maneira despretensiosa ou com o intuito de dominar o mundo.
A blogosfera mudou a maneira de como nós, leitores ociosos, consumimos conteúdo. Se antes toda informação útil – e, algumas vezes, inútil – era restrita aos grandes portais, hoje todos renderam parte de sua audiência aos blogs. Convenhamos, os blogueiros são os grandes responsáveis pela alegria de todo mundo na internê.
Vamos aos exemplos: O Não Salvo já foi eleito um dos brasileiros mais influentes do país; o Felipe Neto foi o primeiro produtor brasileiro de conteúdo para o Netflix; os gordinhos maneiros do Jovem Nerd, Alexandre Ottoni e Deive Pazos, também estão na lista dos mais influentes do país, e lançaram Eduardo Spohr e Affonso Solano como autores do best-seller de literatura fantástica. Por fim, Pedro Gabriel, autor da fã page Eu me chamo Antônio, publicou um livro homônimo que alcançou a lista dos mais vendidos do país.
Tudo isso é visto com bons olhos pelas agências de publicidade e seus clientes sedentos por campanhas inovadoras e ROI (retorno sobre investimento). A maneira com que cada blog se porta diante de seu público cria uma forma singular de mídia. Antônio Tabet, conhecido como Kibe Loco e pelo canal Porta dos Fundos, resumiu essa tendência durante um evento do Youpix, em 2009.
“Quando um cliente pede um publieditorial ou qualquer outra forma de divulgação, eu faço do meu jeito e apresento para ele. Se ele gostar, eu toco a campanha, se não, dou tchau. ”
Com a compra do consumidor na rede de afiliados de grandes varejos, veio a necessidade de monitorar o que a galera falava sobre marcas e produtos. A partir daí, nasceram as novas profissões: analista de mídias sociais, xoxo, mídia, tuiteiro, head of digital, moderador de comentários, criador de comunidades (um abraço, Orkut!), produtor de conteúdo e por aí vai.
A blogosfera conseguiu quebrar os paradigmas da indústria e transformou as profissões ligadas à internet nas mais inovadoras do mercado. Agora, os pais já não consideram seus filhos vagabundos por não saírem da frente do computador.
A conversa entre blogs e leitores existe desde os primórdios, mas essa aproximação entre audiência e produtor de conteúdo não existe existia nos grandes veículos de mídia. A blogosfera mudou muita coisa; desde a forma como se consome informação até o conceito de celebridade (te amo, Felipe Neto!). Ela nos deu alegria nos momentos de ócio e nos ofereceu possibilidades de carreira.
Por tudo isso, parabenizo todos os blogueiros do país, em especial os do Brasil Post.
Texto publicado originalmente por mim em HuffPost Brasil, no dia 20 de março de 2014.
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