Perdão, Leonard Peacock é o novo livro de Matthew Quick, e narra em primeira pessoa o dia em que Leonard Peacock faz 18 anos, mas ele não está feliz, ele pretende matar seu ex-melhor amigo, Asher Beal, e se suicidar. Antes disso ele tem a missão de se despedir e entregar presentes para as quatro pessoas mais importantes de sua vida.
O PROTAGONISTA:
Leonard Peacock é um jovem solitário e depressivo; tem cabelos longos, no melhor estilo “grunge maconheiro”; Fã de Hamlet. Acredita que Shakespeare apoia o suicídio; é ateu extremamente inteligente e crítico; se sente totalmente rejeitado pela mãe estilista, que o deixou sozinho em South Jersey; o pai alcoólatra e falido fugiu para a Venezuela, foi pego pela polícia e ninguém nunca mais o viu; admira muito o professor, a única pessoa que se preocupa realmente com ele.
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Eu não uso essas porcarias de marca, não jogo nem acompanho nenhum esporte popular.... Eu não sou um seguidor. Não sou sociável. Nem mesmo estou no Facebook.
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Leonard também prática ser adulto; veste seu terno de funerais, compra o jornal pega o trem e escolhe um alvo “miserável para seguir. Ele conversa mentalmente com a pessoa, tentando convencer a fazer o que gosta, e não o que a deixa tão pra baixo.
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Eu sou apenas um garoto idiota.... Eu quero saber se crescer vale a pena. Só isso preciso saber se aguento....Minha teoria é a de que perdemos a capacidade de ser feliz à medida que envelhecemos.
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OS AMIGOS:
Walt: um senhor que mora sozinho ao lado da casa de Leonard. Eles se comunicam com falas de Humphrey Bogart, o uísque, os cigarros, os filmes antigos de Hollywood e a companhia de Leonard são as únicas coisas que ele tem.
Baback: Jovem descendente de iranianos, que, se tivesse cabelos brancos, pareceria o presidente Mahmoud Ahmadinejad. Assim como Leonard, sofre bullying de Asher Beal e seus comparsas. Quando Leonard o conheceu era pequeno e franzino, mas com o passar dos anos, cresceu muito e se tornou um rapaz muito apresentável. Toca violino como ninguém, mas apenas Leonard sabia disso na escola.
Lauren Rose: Loura, alta e religiosa, estuda em casa e não é corrompida. O pai é pastor. Nunca beijou nenhum homem, apesar de já ter namorado anteriormente. Leonard é apaixonado por ela, e ele acredita que o sentimento seja reciproco (ele deseja beijar ela antes de se matar).
Herr Silverman: Herr Silverman é o único professor que se preocupa com os alunos e dá o trabalho de demonstrar isso para eles. Por algum motivo misterioso, mantem os antebraços constantemente cobertos. Houve dias em que Herr Silverman foi a única pessoa a olhar nos olhos de Leonard. Tem papel fundamental na história.
ASHER BEAL, O EX-AMIGO:
Asher Beal é o famoso popular da escola que faz sucesso com todos e humilha os renegados. Ele e Leonard eram grandes amigos até o início da adolescência, mas por algum motivo chocante (você saberá durante a leitura), ele se tornou agressivo e arrogante, e a amizade dos dois foi abalada. Os pais de de Asher nunca perceberam o comportamento do filho.
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Mate o alienígena, penso. Lembre-se do que ele fez com você. Você tem todo o direito. Ele não é humano. Ele é uma coisa. Um alvo.
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CARTAS DO FUTURO:
Os capítulos são quebrados por algumas cartas do futuro. No decorrer da história, mais para o final do livro, você entenderá o significado delas. Nelas existem mensagens reconfortantes de como seria o futuro, pedidos de força e superação da parte de Leonard (confesso que chorei muito lendo essas supostas cartas).
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É uma boa vida, Leonard. Aguente firme. O futuro é melhor. Apenas aguente firme, está bem?
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CONCLUSÃO:
Mattheu Quick tem o dom de nos fazer chorar como crianças. De verdade. Não sou do tipo que se comove com histórias fictícias, mas está....
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Você é diferente. E eu sei como é difícil ser diferente. Mas também sei a arma poderosa que ser diferente pode vir a ser. Como o mundo precisa de tais armas. Gandhi era diferente. Todas as grandes pessoas também pessoas únicas, como eu e você, precisam procurar outras pessoas únicas que as entendam, para que não fiquem muito solitárias.
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Perdão, Leonard Peacock traz à tona problemas sociais muito comuns hoje, mas que passam despercebidos: o que leva uma pessoa a agredir de forma verbal e física outro ser humano, como é a mente de um jovem que sofre bullying, as consequências que os filhos sofrem por terem pais relapsos e a importância da aproximação entre professores e alunos.
Se você gostou de O lado bom da vida, não deixe de ler está história. Mas prepare o rolo de papel, pois você vai chorar muito.
Texto publicado originalmente por mim no blog do iba, no dia 20 de agosto de 2013.
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