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RESENHA: O TEOREMA KATHERINE



O Teorema Katherine é o segundo livro do autor John Green. Assim como em ‘A culpa e das estrelas’, escrito seis anos depois, seus personagens principais são inteligentíssimos e cômicos.


A história gira em torno de Colin Singleton, que estranhamente (ao longo da leitura você saberá o motivo) só namora Katherines. Todas as 18 namoradas de sua jovem vida fizeram um acordo: ele entrava com a bunda e elas com o pé. Sim, todas as ex-caterines... digo, ex- KATHERINES terminaram com Colin, mas o término com a 19ª foi o mais Traumático, a ponto de fazer nosso protagonista querer largar tudo e cair na estrada com o Rabecão de Satã (seu carro), seu caderninho de anotações e o melhor amigo, Hassan.

 Ao longo de sua viagem, ele descobre sua verdadeira missão aqui na Terra: desenvolver e comprovar a matemática do amor, o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines. Essa fórmula tem o propósito de antever quem será o Terminante e o Terminado de qualquer relacionamento. Ou seja, prever o desfecho de qualquer namoro antes mesmo que as duas pessoas se conheçam. Com certeza, uma descoberta que vai entrar para história e vai mudar o rumo da (nada) mole vida de Colin.

 Perfil dos personagens principais 

Colin Singleton: um Jovem muito Inteligente, mas não e um gênio; Judeu, mas nada religioso; tem uma necessidade constante de ouvir “eu te amo" de suas Katherines; Sabe de cor a superfície total do estado do Kansas, mas não consegue encontrar um jeito de falar sem usar as cordas vocais, ou sussurrar, não gosta que guardem segredos dele (estar por fora de alguma coisa o irrita mais do que deveria); gosta de livros e é muito bom em anagramatizar palavras; mordisca a almofada do dedão e sua mãe gostaria que ele tosse um jovem normal, daqueles que chegam em casa de madrugada e bêbado.

 Melhor citação; “Nós todos somos Importantes - talvez menos do que muito, mas sempre mais do que nada."

 Hassan Harblsh: gordinho, porem descolado e despreocupado com a vida; muçulmano, não gosta de estudar e é contra cursar faculdade (o pai é rico feito um porco), tem os peitos protuberantes e não os mostra sem um mínimo grau de Intimidade; em determinado momento da historia troca o eu por paizinho e usa a expressão badalhoca quando Colin esta o irritando e a cada duas palavras que ele diz uma é fug (ou fugging ou variações dela).

 Melhor citação; "Eu sou preguiçoso, mas também sou bom em não fazer coisas que não são mesmo para fazer."

 Lindsey Lee Wells: Tem bochechas salientes e nariz longilíneo; dona de um sorriso largo e matreiro que ao ver te da vontade de faze-la feliz para poder continuar vendo aquele lindo sorriso; Leitora da revista Celebrity Lrvrng; é moradora da pequena cidade de Gutshot e sua mãe e dona da fabrica têxtil que mantem a cidade há mais de meio século (seu produto principal são cordinhas para absorventes internos); tem opinião para tudo e sotaque caipira; namora OOC - O Outro Colin - e age muno diferente perto dele e de seus "amigos".

  Melhor citação “A sua Importância é definida pelas coisas que são importantes procê. Seu valor é o mesmo das coisas que ocê valoriza."

 O Inicio de uma bela amizade Colin é um baita nerd, gente. Não que um nerd/geek seja chato. Longe disso. A questão e que Colin não consegue atrair ninguém. Ele sempre sabe um fato muito chato sobre qualquer coisa/pessoa e suas conversas giram em torno de mitose, arquitetura barroca, piadas que terminavam com equações físicas, monarquia britânica, gramática russa e o papel significativo que o sal desempenhou na &, É história da humanidade.

 Vamos dizer que Hassan for o salvador de Colin. O Jovem fugging gordinho apesar de não parecer, e muito paciente e está disposto a manter sua amizade.

 Da uma olhada no primeiro dialogo dos dois:

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 -Hoje é meu nono dia numa escola, em roda a minha vida, e mesmo assim já consegui, de alguma forma, perceber o que você pode e o que não pode falar. E você não pode falar nada a respeito de seu esfíncter . -Aqui, cara. Você precisa levar em conta sua plateia. Isso teria feito o maior sucesso num congresso de oftalmologia, mas, na aula de Matemática, todo mundo só ficou tentando imaginar como diabos você conseguiu enfiar um cílio lá. 

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 Tá pode parecer esquisito agora, mas quando você ler o livro essa conversa vai fazer o maior sentido.
A paixão por Katherines 

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 Não pareceu intencional no início - era só uma estranha série de coincidências. Simplesmente ia se sucedendo: ele conhecia uma Katherine e gostava dela. Ela também gostava dele. E aí o namoro Terminava. Depois, quando parou de ser mera coincidência, aquilo se transformou em duas maldições: -uma (namorar Katherines) que ele desejava manter e outra (ter o namoro terminado por elas) que ele desejava quebrar. Mas acabou se provando impossível desassociar um Ciclo do outro. 


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 Lições de moral

 Além de muito divertido, O Teorema Katherine trata de temas que nos rodeiam por toda a Vida e nos fazem refletir sobre nossa personalidade, essência e objetivos. Colin, por exemplo, era um garoto traumatizado que aprendeu a dar valor as coisas simples da vida e a não correr atrás de objetivos esquisitos, como namorar Katherines e ganhar um prémio Nobel.

 Este livro realmente me fez pensar em algumas coisas, ate onde vamos para sermos aceitos em grupo? O que é ser importante? O amor é maior que a saudade? Eu Vivo a minha Vida ou me preocupo apenas em completar alguns marcadores idiotas?


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Qual o sentido de estar vivo se você nem ao menos tenta fazer algo extraordinário? Que estranho acreditar que um Deus lhe deu a vida e, ao mesmo tempo, achar que a vida não espera de você nada mais que ficar vendo TV.

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 Por que ler O Teorema Katherine 

 Eis o motivo: John Green. Sério, o cara manda muito bem. O sucesso de A culpa é das estrelas e de Katherine não são por acaso. Outra característica singular de O teorema de Katherine é que ele é recheado de matemática e, para quem não ou não entende muito, no final do livro tem um apêndice, escrito por um matemático, com gráficos e equações que pretendem explicar relações amorosas. 

Além disso, como já citado antes, os personagens se tornam tão reais que você visualiza cada situação e se sente dentro de cada cena.

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 -É meu teorema que vai contar a história. Cada gráfico com um começo, um meio e um fim.
 -Não tem romance em geometria - Lindsey retrucou
 -Espere e verá

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 Recomendo muito O teorema Katherine. Seja você uma menina de 18 anos ou um cara de 45, leia sem medo. A paixão é inevitável.



Texto publicado originalmente por mim no blog do iba, no dia 12 de julho de 2013.

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